A utilização de resíduos e subprodutos na alimentação animal ocorre há muito tempo na cadeia de proteína animal. Na alimentação de bovinos, temos por exemplo, a utilização dos resíduos de polpa de laranja, resíduos de cervejaria e bagaço de cana, além de subprodutos da indústria de processamento de milho, soja e trigo, como casquinha de soja, farelo de trigo entre outros.
Um produto que gerava um grande problema para a indústria de alimentação humana eram os retornos de mercado, produtos vencidos e perdas de produção. Esses resíduos também começaram a ser utilizado na alimentação animal, principalmente nas granjas de suínos a fim de substituir o milho, como uma alternativa mais barata na composição das dietas.
Como não havia tantos requisitos de controle de qualidade e destinação correta deles, esses resíduos eram livremente comercializados entre a indústria geradora e produtores rurais.
Com o passar do tempo, o mercado foi amadurecendo e se profissionalizando, e os geradores foram destinando de modo correto os resíduos para empresas que estivessem devidamente registradas no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com licenciamento ambiental em dia, mostrando uma preocupação de toda cadeia com a destinação correta dos resíduos.
Em 2019 entrou em vigor a Instrução Normativa nº 81 do MAPA onde são descritos os critérios para utilização dos resíduos da indústria alimentícia na alimentação animal. O que antigamente era tratado como resíduo/ subproduto, começou a ser tratado como coproduto.
O farelo de bolacha, nome comercial dado ao coproduto, onde também é conhecido como farelo de biscoito, farinha de bolacha e farinha de biscoito, é um produto obtido através do aproveitamento dos resíduos gerados durante a produção de produtos alimentícios, tais como biscoitos, pães, bolos, chocolates, farinhas, pós de preparo de alimentos, entre outros. Tem por principal característica ser um alimento altamente palatável, estimulando o consumo dos animais além de ter ótimos níveis de gordura e energia.